terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Pedágios... irregulares pela constituição!!!!

   Aluna de 22 anos afirma: "NÃO PAGO PEDÁGIO EM LUGAR NENHUM ". O texto está correndo o Brasil! LEIA:



   "A Inconstitucionalidade dos Pedágios", desenvolvido pela aluna do 9º semestre de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) Márcia dos Santos Silva choca, impressiona e orienta os interessados.


   A jovem de 22 anos apresentou o "Direito fundamental de ir e vir" nas estradas do Brasil. Ela, que mora em Pelotas, conta que, para vir a Rio Grande apresentar seu trabalho no congresso, não pagou pedágio e, na volta, faria o mesmo. Causando surpresa nos participantes, ela fundamentou seus atos durante a apresentação.
   
   Márcia explica que na Constituição Federal de 1988, Título II, dos "Direitos e Garantias Fundamentais", o artigo 5 diz o seguinte:

   "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade " E no inciso XV do artigo: "é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens".

    A jovem acrescenta que "o direito de ir e vir é cláusula pétrea na Constituição Federal, o que significa dizer que não é possível violar esse direito. E ainda que todo o brasileiro tem livre acesso em todo o território nacional O que também quer dizer que o pedágio vai contra a constituição".

   Segundo Márcia, as estradas não são vendáveis. E o que acontece é que concessionárias de pedágios realiza contratos com o governo Estadual de investir no melhoramento dessas rodovias e cobram o pedágio para ressarcir os gastos. No entanto, no valor da gasolina é incluído o imposto de Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), e parte dele é destinado às estradas.

   "No momento que abasteço meu carro, estou pagando o pedágio. Não é necessário eu pagar novamente Só quero exercer meu direito, a estrada é um bem público e não é justo eu pagar por um bem que já é meu também", enfatiza.

   A estudante explicou maneiras e mostrou um vídeo que ensinava a passar nos pedágio sem precisar pagar. "Ou você pode passar atrás de algum carro que tenha parado. Ou ainda passa direto. A cancela, que barra os carros é de plástico, não quebra, e quando o carro passa por ali ela abre.

   Não tem perigo algum e não arranha o carro", conta ela, que diz fazer isso sempre que viaja. Após a apresentação, questionamentos não faltaram. Quem assistia ficava curioso em saber se o ato não estaria infringindo alguma lei, se poderia gerar multa, ou ainda se quem fizesse isso não estaria destruindo o patrimônio alheio. As respostas foram claras. Segundo Márcia, juridicamente não há lei que permita a utilização de pedágios em estradas brasileiras.

   Quanto a ser um patrimônio alheio, o fato, explica ela, é que o pedágio e a cancela estão no meio do caminho onde os carros precisam passar e, até então, ela nunca viu cancelas ou pedágios ficarem danificados. Márcia também conta que uma vez foi parada pela Polícia Rodoviária, e um guarda disse que iria acompanhá-la para pagar o pedágio. "Eu perguntei ao policial se ele prestava algum serviço para a concessionária ou ao Estado.

   Afinal, um policial rodoviário trabalha para o Estado ou para o governo Federal e deve cuidar da segurança nas estradas. Já a empresa de pedágios, é privada, ou seja, não tem nada a ver uma coisa com a outra", acrescenta.
   Ela defende ainda que os preços são iguais para pessoas de baixa renda, que possuem carros menores, e para quem tem um poder aquisitivo maior e automóveis melhores, alegando que muita gente não possui condições para gastar tanto com pedágios. Ela garante também que o Estado está negando um direito da sociedade. "Não há o que defender ou explicar. A constituição é clara quando diz que todos nós temos o direito de ir e vir em todas as estradas do território nacional", conclui. A estudante apresenta o trabalho de conclusão de curso e formou-se em agosto de 2008.

   Ela não sabia que área do Direito pretende seguir, mas garante que vai continuar trabalhando e defendendo a causa dos pedágios.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Criticar

Criticar

Estou constantemente a pensar e criticar...
Mas penso: de que adianta criticar sem atuar ?
Julgo aquilo que considero errado e infame na sociedade.
Mas, talvez eu seja pior que isso, sou hipócrita.
Critico e não faço nada.
Mundo, por favor, acorde!
Ação e diálogo devem estar unidos...



Texto de Isabelle Motta disponível em  http://www.recantodasletras.com.br/pensamentos/3444533

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Criança indígena de 8 anos é queimada viva por madeireiros



   Quando a bestialidade emerge, fica difícil encontrar palavras para descrever qualquer pensamento ou sentimento que tenta compreender um acontecimento como esse.

   Na última semana uma criança de oito anos foi queimada viva por madeireiros em Arame, cidade da região central do Maranhão.

   Enquanto a criança – da etnia awa-guajá – agonizava, os carrascos se divertiam com a cena.

   O caso não vai ganhar capa da Veja ou da Folha de São Paulo. Não vai aparecer no Jornal Nacional e não vai merecer um “isso é uma vergonha” do Boris Casoy.

   Também não vai virar TT no Twitter ou viral no Facebook.

   Não vai ser um tema de rodas de boteco, como o cãozinho que foi morto por uma enfermeira.

   E, obviamente, não vai gerar qualquer passeata da turma do Cansei ou do Cansei 2 (a turma criada no suco de caranguejo que diz combater a corrupção usando máscara do Guy Fawkes e fazendo carinha de indignada na Avenida Paulista ou na Esplanada dos Ministérios).

   Entretanto, se amanhã ou depois um índio der um tapa na cara de um fazendeiro ou madeireiro, em Arame ou em qualquer lugar do Brasil, não faltarão editoriais – em jornais, revistas, rádios, TVs e portais – para falar da “selvageria” e das tribos “não civilizadas” e da ameaça que elas representam para as pessoas de bem e para a democracia.

   Mas isso não vai ocorrer.

   E as “pessoas de bem” e bem informadas vão continuar achando que existe “muita terra para pouco índio” e, principalmente, que o progresso no campo é o agronegócio. Que modernos são a CNA e a Kátia Abreu.

   A área dos awa-guajá em Arame já está demarcada, mas os latifundiários da região não se importam com a lei. A lei, aliás, são eles que fazem. E ai de quem achar ruim.

   Os ruralistas brasileiros – aqueles que dizem que o atual Código Florestal representa uma ameaça à “classe produtora” brasileira – matam dois (sem terra ou quilombola ou sindicalista ou indígena ou pequeno pescador) por semana. E o MST (ou os índios ou os quilombolas) é violento. Ou os sindicatos são radicais.

   Os madeireiros que cobiçam o território dos awa-guajá em Arame não cessam um dia de ameaçar, intimidade e agredir os índios.

   E a situação é a mesma em todos os rincões do Brasil onde há um povo indígena lutando pela demarcação da sua área. Ou onde existe uma comunidade quilombola reivindicando a posse do seu território ou mesmo resistindo ao assédio de latifundiários que não aceitam as decisões do poder público. E o cenário se repete em acampamentos e assentamentos de trabalhadores rurais.

   Até quando?

   Comentário Bastidores Mundiais: POR MIM JÁ BASTA!!! MORTE A "TODOS", SEM EXCEÇÃO, QUE INVADEM OU OCUPAM ILEGALMENTE TERRAS INDÍGENAS!!! DECLARO MEU SINCERO APOIO AOS QUE COMO FORMA DE RETALHAÇÃO MATAREM QUANTOS NECESSÁRIOS FOR, MADEIREIROS E INVASORES NAS TERRAS INDÍGENAS!!! DECLARO SINCERO APOIO! APOLOGIA? NÃO!!! JUSTIÇA!!! OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE, SANGUE POR SANGUE, VIDA POR VIDA!!!

sábado, 31 de dezembro de 2011

O Indígena Bu’ú Ye'pamahsã, fala da educação brasileira, lei 11645 e ÜNKUNAHPÓ

Vocês poderão conferir em nossa entrevista como foi a pesquisa e qual objetivos deste documentário que trata da lei 11.645/08, também saber um pouco mais sobre a história de um indígena que além de ser ator é defensor dos direitos dos povos indígenas e encontrou através da arte uma maneira de divulgar sua cultura.


Cinemartes: Como foi sua participação no documentário ÜNKUNAHPÓ ?
Bu’ú: No Momento que respondo sobre documentário estou em Manaus – Amazonas, o documentário foi filmado no estado de São Paulo, quando eu recebi o convite do Diretor Adolfo Borges, para fazer papel principal sentir um compromisso e responsabilidade o documentário ÜNKUNAHPÓ. Como faço parte na luta de implementação da lei 11.645/08 que instituí a obrigatoriedade do ensino da cultura dos povos indígenas e afro dentro das instituições de ensino, vi ótimo, quando diretor Adolfo Borges, veio convidar aceitei confirmando a minha participação. Então reunimos na ECA- Usp para falar do projeto do documentário e aproveitar para seleção do outro participante para contracenar foi escolhido o professor da Usp, ouvimos também falamos com professores universitários para ver como anda educação a metodologia cultural e os seus conhecimentos, como a dificuldade de acesso dos professores aos livros sobre povos indígenas, como está sendo o ensino e de que forma estão vendo o desafio para aplicar a lei 11.645/08, falei que queremos mais conteúdo, informações dentro disciplina história, arte e literatura entre outros.

Cinemaartes: Como foram as pesquisas para o ÜNKUNAHPÓ ?
Bu’ú: A fonte da pesquisa e produção foi nossa experiência de vida o nossos conhecimentos na prática, eu na minha caminhada com meus avôs e com meu pai aprendi o mundo espiritual, onde conhecimento é passado oralmente isso facilitou muito, a minha participação no documentária os conhecimentos dos povos indígenas, o mundo dos povos, cantos, danças, rituais e conexão ao mundo visível e invisível com seres que habitam no ventre (no olhar terra), com ajuda da minha Tia Otacila Ye’pamahsã, traduzimos o nome indígena do documentário ÜNKUNAHPÓ para português- Desenformar, levar nova informação.
Cinemaartes: Qual a importância do ÜNKUNAHPÓ?
Bu’ú: Ünkunahpó vem desenformar os alunos a educação do Brasil está na forma, no entanto informar a sociedade conscientizando para tirar da forma, as crianças precisam conhecer desde pequeno as informações da diversidade a cultura dos povos indígenas da forma como vivem, idiomas, cânticos, rituais, afinal cada povo tem sua idioma própria, crenças e entre outros, entretanto as crianças conhecendo a diversidade serão futuros defensores com respeito e bom cidadão.
Eu Sentir a importância da gravação, apesar de poucos minutos que será exposto para sociedade que irão ver ao ver aprenderão a viver sentir e ver com outro olhar, o valor da diversidade cultural dos povos indígenas no Brasil. O documentário é um registro de suma importância no presente e para futuras gerações. Assim sendo a cultura é fonte de existência de todos os grupos étnicos no mundo, sendo assim, sentimos o valor para manter a culturas tradicionais, conscientizando a sociedade através das informações que poderão ter acesso, conhecendo a cultura de cada grupo étnico passamos a respeitar um e outros, esse é futuro que queremos para que todos vivam de harmonia no espaço onde vive. Aguardem o lançamento do ÜNKUNAHPÓ, esperamos que gostem do nosso trabalho.

Cinemaartes: Qual sua opinião sobre a lei 11645/08 ?
Bu’ú: Nossa luta e minha luta dos povos é promover a conscientização utilizando como ferramenta a lei 11.645 que abre o caminho da importância na divulgação dos valores culturais dos Povos Indígenas do Brasil, ela institui a obrigatoriedade da temática “História e cultura Afro-brasileira e Indígena” nas escolas brasileiras.
Mas ainda tem a necessidade de formar professores a ensinarem História, Arte e literatura, nas escolas onde o podem aprender com os próprios povos indígenas, desta forma desmistificando a história os alunos poderão ter a formação que resgata a memória a construção da identidade do povo brasileiro, e me preocupo que chegue a conhecimento da sociedade a verdadeira história e contribuição dos povos Indígenas nos costumes, hábitos, no meio ambiente, na natureza, no desenvolvimento do Brasil, e até mesmo a influencia das línguas indígenas no português falado aqui no Brasil.
A lei 11.645/08 ajuda para novas conquistas nos espaços públicos abrindo oportunidades a nossas ações que promovemos, como: Fórum, Seminários, Conferências, Congressos, Debates de defesa dos direitos Indígenas em geral, conforme garantido na Constituição de 1988, nos artigos 231 e 232 que dizem respeito aos Direitos dos Povos Indígenas a forma como vive.
A temática que envolve os povos indígenas está em bastante evidência: nas escolas, faculdades, mídias, redes sociais, academia, organizações não governamentais e governamentais, especialmente com a aprovação da lei 11.645/08, mas ainda é pouco se pensarmos que existe um vazio muito grande nas páginas da historia do Brasil sobre os povos indígenas. Assim nos encontramos num momento único, uma chance de contar a verdade e não puramente imaginárias poéticas e fantasiosas como alguns livros didáticos que já foram publicados e estudados ao longo da existência deste modelo de educação no Brasil.

Cinemaartes: Fale sobre como está a lei 11645 hoje? qual a realidade e se esta sendo aplicada?
Bu’ú: A realidade que não está sendo aplicada essa lei para maioria das escolas, seja por falta de informações, isso está por não aceitação das maiorias esse novo contexto da educação e a lei. Fato que alguns professores já me falaram que não tem livros sobre povos indígenas, não conhecem bem a cultura indígenas, o ponto positivo que na medida que está expandido as informações e maiorias das pessoas se alegram ao conhecer a lei 11.645/08. A lei é para receber com carinho e lembrar dos fatos que aconteceram desde a invasão dos europeus, nada mudara o passado, mas que ficara ao conhecimento da sociedade a verdadeira história, assim sendo a valorizarão a cultura do Brasil, a lei trás uma mudança para melhor para sociedade conhecer outro lado da moeda do verdadeiro, ela vem desenformar a história, tirar educação da forma, tem valor para que futura gerações tenha essas informações, assim cada um respeitará um a outro.
Conheço publicações de livros que tratam nós povos indígenas com exclusão apenas uma pagina falando da mentira do “descobrimento” onde somos tratados com preconceitos e estereótipos e alguns livros totalmente alienados da realidade pois não levam em consideração os 511 anos de invasões, como se os povos indígenas fossem congelados no tempo e apenas meros sujeitos passivos, pobre vitimas, desqualificando assim todos os nosso saberes e anulando assim uma riqueza de conhecimentos e valores culturais e nossas histórias ancestral milenar que já tínhamos antes da invasão do Brasil.

Cinemaartes: qual conselho você daria aos indígenas sobre a lei 11645?
Bu’ú: Já conheci dezenas de parentes que levam este debate para as escolas de todo Brasil, as vezes para sobreviver dignamente cantam , dança, vendem artesanatos e fazem palestras, e outros já estão engajados a muito tempos antes da lei existir publicaram livros, realizaram fóruns e já estão até mesmo formando os professores não índios, são verdadeiros mestres que enfrentam as mais variados obstáculos para levar nossa história aos não índios, parabéns a esses guerreiros e guerreiras. Por isso eu aconselho que se envolvam na defesa desta lei pois é fundamental que nesse processo da implementação da lei 11645/08 nossa voz seja ouvida, válida e respeitada, precisamos nós mesmo ÜNKUNAHPÓ(traduzindo para português- Desenformar, levar nova informação).

Cinemaartes: Qual conselho você daria aos profissionais da educação sobre a lei 11645 ?
Bu’ú: A lei para ser aplicada nas escolas, as pessoas que trabalham com a educação ou
interessado tem que conversar com comunidade ou aldeias para levantar as histórias e fazer parceria com município para implementação da lei, isso pela falta de livro, assim sendo estarão ouvindo a verdadeira história dos povos indígenas, nas disciplina história, arte e literatura, importante que tenha mais conteúdo para professores ter iniciativa e levar proposta para diretor da escola e conversar com pedagoga.

Cinemaartes: Qual sua opinião sobre a história do Brasil?
Bu’ú: É grande a resistência de 511 anos dos Povos indígenas no Brasil contra a invasão trágica e mais sangrenta da história de colonização cristã de todos os povos do mundo, o Brasil tem que reconhecer que no litoral brasileiro os povos indígenas que tiveram os primeiros contatos com os Portugueses invasores, mal sabiam o que viria pela frente, eram flechas contra armas de fogo, espadas, navios, doenças, uma legião de homens perversos, assassinos, gananciosos, dispostos a tudo pela riqueza fácil e rápida. Mas a historia oficial do Brasil insisti em não admitir esses fatos e que a realidade é que a catequização e a escravização dos povos foi marcada pela violência sem precedentes na história, e hoje se reproduz com racismo, discriminação e crimes, onde o movimento indígena e algumas lideranças são criminalizadas e assassinadas de Norte a SUL do Brasil, e é importante lembrar que os missões religiosas, ONGs e o próprio Governo continuam interferindo e trazendo danos irreparáveis com novos modelos de invasão e seus valores que dizem ser civilizados desenvolvido levando a destruir a nossas crenças, nossa espiritualidade, saúde milenar e continuam invadindo nossas terras ancestral.
Antes da invasão no ano de 1500 tinha 6 milhões de indígenas, mas hoje fala-se de pouco mais de 750 mil indivíduos, aproximadamente 240 povos indígenas, falam 180 línguas e troncos lingüísticos diferentes, e lembrando que ainda existem dezenas de povos que estão sem e nem querem contatos com os não índios apesar de serem constantemente alvo de invasores, doenças, ameaças de contatos forçados por conta da expansão das fronteira agrícolas e projetos do chamado “desenvolvimento” como hidrelétricas e estradas.
Durante a ditadura militar na década 60 foi estudado e elaborado alguns Projetos, um deles é o Projeto“Rangel” da época do governo da ditadura militar brasileira que tinha como metas expandir programas de desenvolvimento para o crescimento do Brasil, com isso tivemos massacre e muitos povos foram exterminado, e tinham como plano de chegar ao ano de 2000 sem nenhum índio vivo no Brasil, porém estamos na luta para desmistificar a verdadeira história dos povos e nossa participação no desenvolvimento do Brasil, não somos entrave para política e sim parceiros desde que respeite o mundo dos povos indígenas.

Cinemaartes: Conte sobre você, qual sua história?
Bu’ú: Sou membro do Clã Ïremirin Sararó - Fátria Patrilinear da Amazônia, o nome Bu’ú significa “tucunaré”, que é um peixe encantado dos rios Amazônicos, nome dado a guerreiros e que representa a pessoa de vida curta e brava.

Na sociedade registrado e chamado de João Kennedy Lima Barreto, tenho 33 anos, nasci em 8 de junho de 1978, na aldeia Kayra divisa Brasil fronteira com Colômbia, no rio tiquié município de São Gabriel da Cachoeira, no Alto Rio Negro no estado do Amazonas, onde vivi quase sem contatos com os não índios até meus 14 anos nem sabia falar português, tive que ir pra cidade estudar , conhecer o mundo de fora da aldeia pra defender nossos direitos ,sou filho de pai Ye’pamahsã e mãe Tuyuka. Aos 18 anos fui chamado pelo Exercito brasileiro.

Estudei na Universidade Estadual do Amazonas– Faculdade Superior de Arte(não conclui), Trabalhei no Projeto Rondon: Registro Civil de Nascimento dos Povos Indígenas do amazonas 2007 até 2008. Hoje sou professor de idioma Ye’pamahsã (Tukano), Coordenei curso sobre lei 11.645 em São Paulo, m 2005 participei 1º documentário, 2008 curta - protagonista Amor e Morte no Amazonas(com direção do Alexis christu) participei do comercial Turismo Nativo do Ministério do Turismo 2010, Dirigi e escrevi peças teatrais: Sapo Taro Bekê- 2006, Tui'-Sá Kumurõ 2009, Ensinamento do Beija Flor -São Paulo 2010, Baya Porã -São Paulo 2010, Essas são minha palavras, eu sou Bu’ú Ye’pamahsã (Tukano).


Obra: Ye'pamahsun Kum Ña'tüo'ñarõ

Também estudei e sou professo de arte plástica técnica Marchetaria e Fiz 1ª exposição sobre a Viagem Filosófica Alexandre Rodrigues Manaus, 2007 a 2ª Trançado e Cores da Amazônia 2008, 3ª na Casa de Cultura do município Itaguaí Rio de Janeiro em 2009, tenho algumas obras no Museu do Índio - RJ, na China, na Alemanha e São Paulo e Amazonas.
Em Novembro de 2011 ganhei oPrêmio Mostra Cultura e Saúde- Do Instituto Olga Kos, na Oficina Oswald de Andrade em São Paulo, com minha obra em marchetaria: Ye'pamahsun Kum Ña'tüo'ñarõ - Um olhar Ye'pamahsun.

Minha mensagem: A liberdade e paz existe desde que cada um respeite o direito do outro não adianta cobrar direito se não respeita o direito do outro.
Bu'ú Yepamahsã

Buudahse@gmail.com www.buuyepamahsa.blogspot.com e www.cinemaartes.blogspot.com
Celular: 55 11 8286-1769

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Abuso Sexual - Igreja Católica e Seus Milhares

   Os bispos holandeses afirmaram nesta sexta-feira que lamentam e pedem desculpas sinceras às vítimas de abusos sexuais cometidos por membros do clero, depois da publicação de um relatório que assinala milhares de vítimas desse crime. "Lamentamos os abusos", indicaram os bispos em um comunicado. "Compadecemo-nos das vítimas e apresentamos a elas nossas sinceras desculpas", acrescentaram.

   Milhares de menores foram abusados sexualmente na Igreja católica holandesa entre 1945 e 2010, e 800 supostos autores foram identificados, afirmou nesta sexta-feira uma comissão investigadora independente ao apresentar seu informe final. "Várias dezenas de milhares de menores enfrentaram formas leves, graves ou muito graves de condutas sexuais que ultrapassavam os limites entre 1945 e 2010 na Igreja católica holandesa", indicou um comunicado da comissão, cuja investigação teve início no dia 24 de agosto.

   "Sobre a base de 1.795 casos, a comissão pôde encontrar os nomes de 800 autores de abusos sexuais que trabalham ou trabalharam para os arcebispados", indicou o informe da comissão. "Destas 800 pessoas, ao menos 105 continuam vivas", acrescentou o informe. "O problema dos abusos sexuais era conhecido pelas ordens (religiosas) e pelas dioceses da Igreja católica holandesa", indicou o informe da comissão. "Mas não foram realizadas ações adequadas" para impedir isso, acrescentou o informe da comissão Deetman.

   A comissão Deetman, presidida pelo ex-ministro Wim Deetman, também é integrada por um juiz, um psicólogo e três professores universitários. No dia 9 de março de 2010, a conferência episcopal holandesa havia expressado seu desejo de que fosse realizada uma investigação "ampla, externa e independente" sobre os abusos sexuais cometidos por membros do clero.


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Entenda a Crise

   Os países europeus foram fortemente golpeados pela crise internacional iniciada nos Estados Unidos. Em 2008, a quebra do banco americano Lehman Brothers provocou pânico no setor financeiro mundial e levou governos a gastarem além da conta para estabilizar a atividade bancária e estimular a economia.


   Ou seja, para apagar o fogo dos bancos, os Países colocaram dinheiro público no sistema financeiro. Como consequência, os governo ficaram endividados e, agora, são os bancos que hesitam em emprestar dinheiro aos países. Para reconquistar a confiança dos investidores, os governos prometem austeridade fiscal, ou seja, reduzir o desequilíbrio nas contas públicas.

   No caso dos EUA, a dívida aumentou consideravelmente (veja tabela abaixo), mas, porque os investidores acreditam que esse é o país mais seguro do mundo para investir, o governo americano não tem dificuldade em rolar sua dívida. Ao contrário, quando há instabilidade no mercado financeiro, quem tem dinheiro compra títulos dos EUA, ou seja, empresta dinheiro ao país.

Dívida bruta dos países
Em % do PIB20072011*
Alemanha6577
Espanha3670
EUA6299
França6384
Grécia96130
Itália103118
Japão188234
Portugal6383
Reino Unido4577
Brasil6567
* Projeção do FMI

Na Espanha, escolas públicas economizam em papel higiênico

   As crianças catalãs já sabem o que significa “austeridade fiscal”: desde setembro, elas só podem gastar na escola, em média, 25 metros de papel higiênico por mês, para que o país em que elas vivem consiga pagar os juros da dívida.


   O número vale para papel higiênico doméstico. Existe, também um limite de 20 metros para o industrial.
   As restrições, relata o jornal “El País“, foram impostas às escolas de Barcelona que dependem do chamado Consórcio de Educação, que reúne a prefeitura e o governo catalão.

   O Consórcio afirma que não se trata de uma medida “restritiva”, e sim de uma “normalização”.
 
   A carta enviada aos diretores escolares afirma que foi feito um estudo no qual se constatou que na maior parte dos centros de ensino o uso do papel higiênico está dentro do normal, mas que em alguns há “diferenças significativas”.

   Há escolas com dificuldade de se adaptar às novas regras. Na Vil-la Joana, por exemplo, de educação especial, gastam-se 199 metros de papel higiênico e 42,7 de papel para enxugar as mãos. Segundo o diretor, no refeitório os alunos se sujam mais por suas dificuldades acima da média. No caso do papel higiênico, a escola só usa o doméstico, não o industrial.

   O governo catalão, segundo o jornal “El País”, há um ano repete que controlará “até o último euro” para reduzir o déficit nas suas contas.

   Nos últimos meses, aumentou a desconfiança, por parte dos investidores, de que a Espanha não consiga pagar a totalidade dos juros de sua dívida. O mesmo ocorreu com a Itália. Antes disso, a Grécia recebeu ajuda internacional para pagar seus credores, e mesmo assim teve que suspender o pagamento de 100 bilhões de euros em dívidas. Portugal e Irlanda também receberam ajuda de outros países.

fonte: Sílvio Guedes Crespo - 6 de dezembro de 2011 | 15h16 - http://blogs.estadao.com.br/